quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Para todos os gostos...

E viva a diversidade! 
     Já pensou se todas as flores tivessem uma cor só? Seria chato né?! E se todos os seres humanos tivessem só um tipo de cabelo, a mesma cor de pele e mesmo tamanho, você gostaria?
A diversidade deixa a vida mais bonita e interessante. 
     "Oh, mas o que isso tem a ver com livros e bibliotecas?" - alguém pode me perguntar.
É que eu já ouvi de muita gente a seguinte afirmação: " Não gosto de ler porque livros são chatos." 
     Então eu respondi: " Sobre o que você já tentou ler?".
     E é nessa hora que a maioria me responde que nunca leu nenhum livro sequer! Quem nunca experimenta, nunca vai saber se gosta ou não!
     É aí que entra a diversidade: não existe só um tipo de livro: tem livros de documentários, romances, terror, comédias, dramas. Tem livros grandes e pequenos, com ou sem desenhos. Tem livros pra todos os gostos!
    

     Tudo o que você tem que fazer é experimentar pra descobrir qual é o seu tipo preferido! 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Escritor homenageado do mês

A personagem homenageada do mês de agosto é a escritora Cora Coralina, que estaria fazendo aniversário no dia 20 deste mês.

     Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, que usava o pseudônimo Cora Coralina foi uma poetisa e contista. Considerada uma das principais escritoras brasileiras, ela teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965 - Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais -quando já tinha quase 76 anos de idade.

     Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.


O Cântico da Terra

Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.

Eu sou a fonte original de toda vida.
Sou o chão que se prende à tua casa.
Sou a telha da coberta de teu lar.
A mina constante de teu poço.
Sou a espiga generosa de teu gado
e certeza tranqüila ao teu esforço.
Sou a razão de tua vida.
De mim vieste pela mão do Criador,
e a mim tu voltarás no fim da lida.
Só em mim acharás descanso e Paz.

Eu sou a grande Mãe Universal.
Tua filha, tua noiva e desposada.
A mulher e o ventre que fecundas.
Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.

A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.
Teu arado, tua foice, teu machado.
O berço pequenino de teu filho.
O algodão de tua veste
e o pão de tua casa.

E um dia bem distante
a mim tu voltarás.
E no canteiro materno de meu seio
tranqüilo dormirás.

Plantemos a roça.
Lavremos a gleba.
Cuidemos do ninho,
do gado e da tulha.
Fartura teremos
e donos de sítio
felizes seremos.
Cora Coralina